DESMONTE SOB BOLSONARO PODE LEVAR DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA A PONTO IRREVERSÍVEL, DIZ FÍSICO QUE ESTUDA FLORESTA HÁ 35 ANOS
Com o ritmo atual de desmonte da estrutura de fiscalização e da legislação ambiental demonstrado durante os seis primeiros meses, a destruição da floresta pode atingir um limite irreversível “em dois governos Bolsonaro”, prevê o cientista Paulo Artaxo, doutor em física atmosférica pela Universidade de São Paulo (USP) e estudioso da Amazônia desde 1984, quando viajou para lá pela primeira vez como parte de sua pesquisa de doutorado.
Estimativas mostram que, desmatada uma área de 40% da floresta, o restante não consegue sustentar o funcionamento de um ecossistema de uma floresta tropical chuvosa e, nesse cenário, parte da floresta poderia virar cerrado. A Amazônia já perdeu 20% da cobertura original.
“É uma questão absolutamente crucial para a estabilidade do clima do planeta – assim como reduzir as emissões de combustíveis fósseis dos países desenvolvidos”, explica Artaxo.



