SEMENTE NO CHÃO, FLORESTA EM PÉ
O que os extrativistas, indígenas e ribeirinhos da Rede de Sementes do Xingu sempre souberam agora ganha apoio de órgãos do governo, produtores rurais, empresas agropecuárias, de energia e de logística. A iniciativa “Caminho das Sementes”, promovida pelo Instituto Socioambiental (ISA), a Agroicone e o P4F (Partnerships for Forests), reuniu esses e outros atores para ampliar a restauração de ecossistemas no Brasil. Em outras palavras, como plantar mais floresta em menos tempo e com menos recursos.
No centro dessa discussão está a técnica da semeadura direta, que é o plantio de uma mistura de sementes nativas, a muvuca, em um solo bem preparado. A composição da muvuca varia com o bioma de cada região. É uma técnica utilizada há milênios pelos indígenas e comunidades tradicionais do Xingu – e outros povos indigenas de todo o mundo -, e que finalmente é reconhecida pelos principais atores da sociedade não indígena.
A meta é, a partir de 2020, triplicar a área de restauração com o uso da semeadura direta. Ou seja, passar de 700 hectares para 2.100 hectares por ano.



