A excelência, a aplicabilidade e o valor universal da pesquisa catarinense ficam mais uma vez comprovados, acima de qualquer suspeita. Em apenas oito meses, esta é a quarta vez que pesquisadores catarinenses publicam no grupo de revistas mais prestigioso do mundo, o das revistas Nature. Nela já publicaram cientistas do calibre de Albert Einstein e foi em suas páginas que apareceu, pela primeira vez, em 1953, a famosa dupla hélice do DNA. De lá para cá, a Nature se transformou em uma verdadeira família de revistas, abrangendo as mais variadas áreas científicas.
Em novembro de 2018, foi a vez da bioquímica da UFSC Alexandra Latini e sua equipe, publicar na famosa revista. Em abril de 2019, o também bioquímico e professor da UFSC, Guilherme Razzera, conseguiu façanha semelhante. Seguindo a tradição de Fritz Müller, o maior cientista da história de SC, que também publicava suas obras seminais nesta revista, em maio foi a vez do botânico André Luís de Gasper, da FURB de Blumenau.
Completando este ciclo virtuoso, entramos o mês de julho com um estudo publicado na Nature Geoscience pela professora e oceanógrafa da UFSC Regina R. Rodrigues. Ela demonstrou, com sua pesquisa, que a seca severa que ocorreu no sudeste do Brasil no verão de 2013/2014, associada ao calor extremo em terra e mar, foi provocada por um evento climático distante, no Oceano Índico. A professora conta que sua pesquisa traçou o motivo da estabilidade da alta de temperatura no Sudeste e Sul do Brasil naquele verão.
Não podemos privar a sociedade catarinense de mais e mais estudos como estes, que nos colocarão na via do desenvolvimento sustentável, e a receita é bastante simples, investir pesadamente em pesquisa, tanto básica quanto aplicada.
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Artigo original na Nature Geoscience